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Deputados contrários a Feliciano anunciam saída da Comissão de Direitos HumanosMarco Feliciano pede reforço na segurança para reuniãoFeliciano é alvo de mais uma manifestação na CâmaraGenoino vai à tribuna defender debate sobre mídiaFeliciano mais uma vez fechou a reunião ao público. Ele comunicou a decisão à Mesa Diretora da Câmara afirmando ter informações sobre novos protestos contra sua permanência no cargo. Apenas representantes indígenas puderam participar da audiência, que discutiu uma ação da Polícia Federal em área indígena no Pará.
Enquanto o pastor tentava demonstrar normalidade no trabalho, deputados da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos decidiram por uma renúncia coletiva. O movimento é comandado pelo PT, que tem quatro titulares entre os 18 da comissão, e teve apoio de Jean Willys (PSOL-RJ), titular, e Luiza Erundina (PSB-SP), suplente. A decisão ainda não foi formalizada. A debandada não inviabiliza os trabalhos, mas explicita que apenas evangélicos continuam no colegiado.
"Não podemos legitimar o que está acontecendo na comissão, onde se quebrou a pluralidade e se instalou uma maioria artificial com um pensamento único", disse o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), ex-ministro da área.
Outra ação dos opositores de Feliciano será a retirada de projetos que tramitam na comissão. "Como a comissão se transformou num bunker de um homofóbico, sexista e racista é impossível uma discussão democrática dessas propostas", afirmou Erika Kokay (PT-DF). Entre os projetos que devem ser retirados está um de Jean Willys que busca regulamentar a profissão de prostituta, proposta que teve a relatoria entregue por Feliciano ao deputado Pastor Eurico (PSB-PE). Feliciano minimizou a debandada: "O quórum está feito e temos condições de trabalhar".