Em sua opinião, a sucessão do Diretório Municipal tucano é um problema local que não deve afetar a união do partido em plano nacional. Segundo o ex-presidente, que ligou para Matarazzo e Alckmin para discutir o assunto, o processo em São Paulo não deve ter "consequências dramáticas" na esfera nacional. Para FHC, Matarazzo não é apenas um tucano do grupo do ex-governador José Serra. "Andrea não é do grupo serrista, é do grupo meu também, é do grupo de Geraldo (Alckmin) também", frisou.
Para o ex-presidente, não há possibilidades de Serra e Matarazzo deixarem o PSDB. "Não acredito. Serra nunca disse isso, são especulações", afirmou. E lembrou que apesar do episódio, os tucanos derrotados não podem fazer "política com mágoas".
Veto
FHC classificou de casuístico o projeto de lei do deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) que restringe o acesso ao tempo de TV e ao fundo partidário para novos partidos. Em sua avaliação, seria mais adequado que o projeto fosse apresentado antes e não num momento em que, por exemplo, a ex-senadora Marina Silva tenta criar o seu partido, denominado Rede Sustentabilidade.
"A tese é correta, mas deveria ter sido aplicada antes. Agora é casuística, é para impedir, basicamente, o partido de Marina, porque parece que o PPS está conseguindo (fazer a fusão com o PMN). Acho que a presidente Dilma deve vetar, em nome da igualdade de oportunidades", opinou.
FHC também comentou sobre a proposta da redução da maioridade penal, dizendo que atualmente há um excesso de violência e o uso de menores por grupos criminosos que sabem da impunidade. E mencionou que maior de 16 anos já pode votar e tem informação suficiente. "Se está fazendo coisa errada, tem que haver também limite", defendeu.