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Chinaglia nega ligações com acusado e empresárioAcusação de Jefferson a Chinaglia é grave, diz oposiçãoJefferson acusa Chinaglia de tentar abafar denúnciasSenado quer punir quem fabricar 'grampo' ilegalLula tinha talento diplomático que falta em Dilma, afirma ex-ministroUm grampo de 1.º de outubro, às 16h30, pegou Gilberto contando a um aliado sobre suposto encontro com Chinaglia e Toninho do PT, ex-assessor do petista por oito anos que foi eleito vereador de Ilha Solteira. “Deixa eu falar um negócio para você, o Toninho e o Arlindo estiveram comigo sábado à tarde, rapaz do céu, se você vê o que ele tem do chão preto, já tá tudo na mão, é pra colocar, ele tem uns compromissos.”
No dia seguinte, às 9h46, Gilberto caiu no grampo com “Roberto”, de Mirassolândia. Ele diz que se reuniu com Toninho do PT. “Ele (Toninho) disse que dá para pôr um monte de recurso lá.” Gilberto completa que “a gente tem um monte de prefeitura na mão” e diz que possui “estrutura física e jurídica, acesso em Brasília”. Afirma que no fim de semana “carregou o Arlindo para todo lugar na região”. “O Arlindo vai ter cinquenta milhões de reais em emendas extraparlamentares prometidos pela presidente Dilma porque ele é líder dela na Câmara dos Deputados”, diz o lobista. “Isso dá pra colocar num monte de cidade.” Ele relata que “o deputado lhe falou que em cidade pequena pode ser colocada emenda de R$ 130 mil ou até R$ 140 mil e daí foge de licitação”. “Dá pra arrumar em um monte de lugar vai ser possível arrumar as emendas.”
“Gilberto Formiga presta serviços a Olívio Scamatti, especialmente no que tange aproximação do empreiteiro a diversas administrações municipais, por meio de financiamento de campanhas eleitorais ou mesmo na intermediação de liberação de emendas parlamentares através de sua atuação como lobista do PT”, assinala um trecho dos autos da Fratelli, datado de 20 de setembro de 2012. “É consectário lógico que as emendas provisionadas aos municípios constituirão o reforço financeiro, a posteriori, dos empresários que financiaram, às escuras, campanhas eleitorais.” Segundo a operação, Gilberto “é um hábil articulador nos bastidores da administração pública”.
Além dos deputados petistas, o chefe da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido, também é citado pelo relatório da operação. Ele mantém estreita ligação com empreiteiro da Demop, apontado como chefe da quadrilha. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.