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De acordo com Pestana, diante “desse paradoxo”, o clima de disputa eleitoral antecipado – tendo em vista que as próximas eleições estão marcadas para 2014-, tem permitido apenas aprovação de projetos que atendam aos interesses das base aliada do atual governo. Ele se refere à votação ocorrida nessa quarta-feira (17), aprovando em parte, o projeto de lei do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que proíbe a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do fundo partidário relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura.
“Conseguimos uma vitória que foi apresentar um destaque que prevê que a mudança (aprovada nessa quarta-feira) só acontecerá em 2015”, disse Pestana, lembrando que a votação desse destaque e de outros que foram apresentados está marcada para a semana que vem.
Alguns parlamentares reclamam que o projeto aprovado ontem visa dificultar a candidatura de Marina Silva à Presidência em 2014 e de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, além de prejudicar a fusão do PPS e do PMN e, ainda, a criação de um outro partido, o Solidariedade, promovido pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, entidade que reúne sindicatos em todo o país.
Outros deputados, no entanto, argumentam que o projeto aprovado nessa quarta-feira moraliza o sistema político. Para justificar, lembram a criação do PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, criado há dois anos, que cooptou boa parte dos parlamentares eleitos pelo DEM, e hoje é a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados, e usufrui das benesses de maior tempo na propaganda eleitoral e do fundo partidário, sem ter elegido um só parlamentar.