O governador Antonio Anastasia (PSDB) em seu discurso durante a cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência destacou as passagens de Minas Gerais em lutas pela conquista da liberdade. “Nos rebelamos em 1708, em 1720, em 1789 e em 1842. Mas não nos seduziam, e não nos seduzem, os arroubos da anarquia. O nosso empenho está na busca da liberdade para construir a ordem da justiça, e no emprego da ordem a fim de garantir a liberdade. Nesse equilíbrio entre os dois pesos, se encontra a Justiça. E esse equilíbrio só se obtém na paciente atividade política”, disse.
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Em conversa com Barbosa em Ouro Preto, Aécio defende criação de TRFs em MinasAnastasia destaca luta de Minas pela defesa dos interesses do BrasilPresidente do Supremo defende cotas raciais durante homenagem em Ouro PretoRecebido na Praça Tiradentes com honras militares e aplausos, o governador estava acompanhado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Anastasia passou em revista a Guarda de Honra da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais e homenageou Tiradentes, com a colocação de uma coroa de flores no monumento ao mártir da Inconfidência.
A solenidade é marcada por ritos, como a chegada do chamado fogo simbólico, levado por cerca de mil cavaleiros, que se revezaram num percurso de 355 quilômetros, passando por várias cidades históricas, até chegar a Ouro Preto. As autoridades foram recebidas com salva de 21 tiros.
Protesto frustrado
O presidente da Câmara Municipal de Ouro Preto, Leonardo Barbosa (PSDB), o Léo Feijoada, foi acordado ontem com uma surpresa. O protesto que havia organizado – panos pretos pendurados nas sacadas do prédio da Câmara Municipal, na Praça Tiradentes – foi retirado e no lugar foram colocadas bandeiras de Minas (foto), como as outras varandas estavam decoradas para a cerimônia. “Tiraram a faixa sem ordem”, afirmou Feijoada. O motivo do protesto, segundo o vereador, é que a cerimônia não tem presença livre para os moradores. O capitão da Polícia Militar André Domiciano de Oliveira, que é diretor de inteligência da corporação, tentou demover Feijoada da ideia do protesto, mas não teve sucesso. As bandeiras de Minas Gerais foram retiradas da sacada, que também não recebeu os panos pretos de protesto de volta. “Sumiram até com nossos panos, assim como fizeram com o corpo de Tiradentes.”