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Gurgel não crê em reviravolta no mensalãoMinistra diz que ficará frustrada se condenados no mensalão permanecerem impunesBarbosa recebe Medalha de Aécio e cala sobre mensalãoPF limitará a 2003 a quebra de sigilo de Freud Godoy, assessor de LulaPolícia Federal pede quebra de sigilo de assessor 'faz-tudo' de LulaLula terá coluna mensal no The New York TimesAGU decidirá sobre ressarcimento aos cofres da União de recursos desviados com mensalãoSumiço de bate-bocas no julgamento do mensalão abre brecha para defesaA palavra que dá nome ao escândalo, mensalão, foi usada 234 vezes no documento. Os ministros falaram 88 vezes em desvios de recursos públicos, 87 vezes em compra de votos e 65 vezes em compra de apoio político. Principal tese de defesa dos condenados, o caixa dois foi mencionado 140 vezes.
Diferente da praxe no tribunal, as discussões em plenário foram mantidas quase de forma integral. Apenas o ministro Celso de Mello pediu para retirar algumas declarações. O trecho em que o relator, Joaquim Barbosa, acusa o revisor, Ricardo Lewandowski, de advogar para um dos réus foi mantido, assim como a réplica do revisor questionando se Barbosa trabalhava para o Ministério Público.
Contradição
O acórdão trouxe ainda uma contradição em relação à situação de quatro réus. O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, o ex-assessor do partido João Cláudio Genú, o ex-advogado do empresário Marcos Valério, Rogério Tolentino, e o ex-sócio da corretora Bônus Banval, Enilvaldo Quadrado, aparecem como condenados em um trecho do documento pelo crime de formação de quadrilha e absolvidos em outra parte. Isso ocorreu porque o ministro Marco Aurélio na antepenúltima sessão decidiu mudar seu voto livrando todos da acusação e o documento acabou trazendo a incoerência. O STF informou que cabe às partes no processo apresentar recurso para esclarecer o tema.