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Câmara aprova texto final de projeto que restringe a criação de partidosMarina Silva debate projeto que prejudica novos partidosTemer defende reforma que reduza número de partidosSenador pede urgência para projeto contra novos partidosPolêmica sobre restrição à criação de novos partidos segue para o SenadoDe acordo com Marina, o primeiro esforço do grupo será tentar derrubar o requerimento de urgência que deve ser proposto assim que a matéria chegar ao Senado - isso garante que o projeto siga direto para o Plenário da Casa, sem passar por comissões temáticas. Caso não consigam derrubar a urgência, a ideia é trabalhar pelas emendas que jogam a vigência do projeto para depois das eleições do ano que vem.
Da forma como está, o texto restringe o acesso de novas legendas ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda em rádio e TV. Isso prejudicaria as eventuais candidaturas de Marina e do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), que articula apoio com o recém-criado MD, fruto da fusão do PPS com o PMN. Para Aécio, a presença da ex-senadora e de Campos na corrida pelo Palácio do Planalto em 2014 aumentaria as chances de levar a briga para o segundo turno.
"Não é razoável que o governo estimule a criação de partidos para lhe dar apoio e impeça, na mesma legislatura, a criação de legendas que tenham uma outra noção de país", disse o senador mineiro, referindo-se à criação do PSD, do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, patrocinado pelo governo e que enfraqueceu as bancadas de oposição.
"Vamos reagir porque não é justo que a população seja cerceada de opções do nível da Marina Silva, de Eduardo Campos, que possam surgir legitimamente. Não aceitamos o casuísmo do governo federal, que age como se temesse a disputa eleitoral", concluiu. Aécio disse que o PSDB no Senado se articula contra o projeto e que, agora, vai em busca de apoio em outras siglas.