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Estado de Minas

Eleição em entidade que reúne prefeituras fortalece defesa do pacto federativo


postado em 24/04/2013 06:00 / atualizado em 24/04/2013 07:45

Brasília – A eleição da nova diretoria da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) fortalece o discurso federativo do governo federal, apropriando-se de uma bandeira apresentada recentemente pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), prováveis candidatos ao Planalto no ano que vem. Além disso, o apoio à eleição do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), para presidir a entidade, segundo apurou o Estado de Minas, é um esforço da presidente Dilma Rousseff para bloquear o interesse dos socialistas em atrair o PDT para a aliança nacional em 2014. Ontem, durante a abertura do Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Sustentável, ela manifestou seu apoio a Fortunati.

Ele e o futuro vice-presidente da FNP, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), têm mais força política que o atual mandatário da entidade, João Coser (PT-ES), para pressionar a União em busca de mais recursos para os municípios. Com o caixa reforçado, as cidades ajudariam na retomada do crescimento do país, essencial no projeto de reeleição de Dilma, já que a frente representa os prefeitos de capitais e de cidades com mais de 200 mil habitantes.

Durante o encontro dos prefeitos, Dilma brincou ao falar da campanha a favor de Fortunati, a quem ela classsificou como “velho amigo”. “Se for segredo, é o mais mal contado”, disse a presidente, referindo-se à candidatura do prefeito de Porto Alegre. “Mas é o que dizem pelos corredores”, acrescentou. A eleição para o comando da FNP será realizada hoje. No encontro, Dilma recebeu diversas cobranças e, em um discurso de mais de 50 minutos, descreveu todos os programas do governo federal, afirmando que não faz distinção de prefeitos de qualquer partido. Cerca de 500 pessoas acompanharam a solenidade.

A presidente fez várias críticas veladas a governos anteriores ao PT e, para isso, falou sobre o crescimento do país. “Para ele crescer acelerado ele tem que ser competitivo, daí porque fizemos um grande esforço, do início do governo até hoje”, observou Dilma. “Primeiro, nós reduzimos os juros brasileiros para patamares aceitáveis e reduzir os juros para níveis menores não significa que ele não suba e não desça”, acrescentou ela, garantindo que a taxa de juros vai continuar subindo e descendo, mas num nível mais adequado para os padrões internacionais. Dilma admitiu discutir a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar no interior do país, uma reivindicação dos prefeitos, ressaltando que a medida é polêmica por causa da disputa com profissionais brasileiros. “Mas vale a disputa e a discussão", disse ela. (Colaborou Karla Correia)


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