Brasília- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e comandará o próximo pleito de 2014, fez uma defesa da regulamentação de atividades de pré-campanha. Na visão dele, a legislação atual deixa as decisões na subjetividade dos juízes e acaba por punir atitudes que não deveriam ser punidas. O ministro deu uma declaração defendendo a discussão política fora dos três meses dedicados à campanha eleitoral.
Toffoli participou de audiência de um grupo de trabalho da Câmara que prepara um projeto para propor mudanças na legislação eleitoral. Ele afirmou que, na sua visão, só deveria ser configurado como campanha antecipada quando o político pedisse voto diretamente ou, por exemplo, usasse uma rádio ou TV de sua propriedade para autopromoção de forma cotidiana. O ministro defende ainda que seja totalmente livre o uso das redes sociais para atividades políticas.
Coordenador do grupo de trabalho, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que é intenção dos parlamentares propor regras para a atuação fora do período de campanha. O objetivo é reduzir as condenações por campanha antecipada. Uma das ideias é prever um prazo para que esse tipo de atitude possa ser questionada na Justiça Eleitoral.