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Presidente da Câmara acha estranha liminar do STF a favor de criação de partidosPT quis apunhalar a candidatura de Marina Silva, diz coordenador da RedeSTF suspende tramitação no Senado de projeto que dificulta criação de partidosPresidente do Senado insiste em manter votação de projeto que limita novos partidosRenan recorrerá de decisão do STF sobre partidosCampos pede 'bom senso' após emenda sobre STFCom o aval do Palácio do Planalto, partidos da base aliada deram maciço apoio à aprovação, na última terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados, do projeto que restringe acesso ao tempo de TV e ao acesso à maior fatia do fundo partidário. A proposta prejudicaria uma eventual candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva, que tenta viabilizar seu partido, o Rede Sustentabilidade, e também a possível corrida do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que negocia aliança com o recém-criado MD (Mobilização Democrática).
Sob fortes críticas endereçadas à presidente Dilma Rousseff, o plenário do Senado derrubou, pouco antes da decisão do Supremo, a votação de um pedido de urgência para acelerar a votação do projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos. O vice-líder do governo na Casa, Gim Argello (DF), havia apresentado as assinaturas necessárias para que a proposta seja apreciada diretamente pelo plenário, sem necessidade de passar por comissões temáticas.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a anunciar a aprovação do requerimento de urgência de forma simbólica. Ele contabilizou 47 votos dados, conforme a bancada dos partidos que apoiaram a proposta. Contudo, após um pedido de verificação de quorum, apenas 23 senadores registraram voto - regimentalmente eram necessários pelo menos 41 votos.
Para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), a Casa "acabou pagando um mico". "Quis adiantar a tramitação correta e acabou recebendo uma reprimenda do Supremo". Ele e o senador Pedro Taques (PDT-MT) saíram em defesa do Supremo. Para eles, não houve interferência do Judiciário no Legislativo. "Não adianta dizerem que a decisão do ministro Gilmar Mendes é uma intromissão dentro do Legislativo. Existe juiz no Brasil. O poder Legislativo pode nos limites da Constituição, mas não pode tudo quando viola a mesma", destacou Taques.