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Decisão do STF sobre restrição a criação de partidos foi inédita, diz advogadoPresidente da Câmara acha estranha liminar do STF a favor de criação de partidosPSDB acha que limitar poderes do STF é afronta à essência do Poder Judiciário'Construímos um consenso', diz Campos sobre PT na TVAécio dá 'boas-vindas' a Eduardo Campos na oposiçãoPSB de Pernambuco descarta que partido assumiu oposiçãoRenan recorrerá de decisão do STF sobre partidosSobre a suspensão, pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, da votação no Senado do projeto de lei que altera regras para a criação de partidos, em resposta a um recurso do líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), o governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda disse que a sigla teve razão ao acionar o Supremo Tribunal, por entender que se tratava de matéria inconstitucional. "O Supremo entendeu, de pronto, que havia um direito (desrespeitado)."
"No Estado Democrático de Direito, o Judiciário existe para isso", continuou. A iniciativa é interpretada como uma manobra do governo federal para prejudicar eventuais concorrentes na eleição presidencial - impede o propósito da ex-senadora Marina Silva (AC) de criar uma nova agremiação, a Rede Sustentabilidade (Rede), além de atrapalhar uma possível candidatura de Campos. "Quando alguém entender que o Direito e a lei estão sendo feridos, a gente recorre como cidadão, como partido político, como um senador (referindo-se a Rollemberg)", disse.
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB voltou a qualificar a ação como "um erro, um equívoco político". Campos lamentou que muitos dos que votaram a favor da matéria são políticos com quem ele conviveu ao longo de uma trajetória de vida de "luta democrática" e os quais "respeita muito". "Temos o dever de dialogar e mostrar que isso é um símbolo, uma coisa errada, que atenta contra toda nossa caminhada."
"Não adianta querer sufocar a expressão da sociedade nas ruas porque a gente viu em outros momentos se tentar fazer isso e a rua, o coração, a inteligência encontram uma forma de se expressar", opinou. "Vamos continuar de forma serena, mas decidida, a defender aquilo que a gente sempre defendeu: democracia."
Crítico
Constante crítico da administração federal - da qual ainda é aliado - o governador de Pernambuco e presidente do PSB se consolida como presidenciável. Campos afirmou, no entanto, "não entender todo esse frisson, essa ansiedade" do Poder Executivo federal em torno dos movimentos do PSB. O governador de Pernambuco declarou ter visto Marina também comentar o "estranhamento" em relação à preocupação do Executivo federal com o partido que ela pretende criar, ainda embrionário.