Campos é apresentado no programa, junto com o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, como o governador e o prefeito mais bem avaliados do Brasil, respectivamente. O partido lembra o dia 25 de abril de 1984 e o movimento pelas eleições diretas, mostrando imagens de personagens históricos, como Tancredo Neves, Leonel Brizola, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e o avô de Eduardo Campos, Miguel Arraes.
Campos diz que o Brasil "mudou muito" ao longo de 30 anos com a eleição de um intelectual, de um operário "filho do povo" e da primeira mulher presidente da República. Na sequência, o pessebista mostra um pouco do que deve ser o seu discurso de campanha caso sua candidatura se confirme. "Avançamos, mas deixamos de fazer mudanças fundamentais. Temos um Estado antigo que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo. Um Estado que pouco tem avançado como provedor de serviços de qualidade e como agente de desenvolvimento", aponta.
Pacto federativo
Outra bandeira defendida pelo presidenciável é o novo Pacto Federativo. "Temos relações extremamente desiguais na divisão dos recursos e responsabilidades entre a União, os Estados e os municípios", dispara o governador. Em sua avaliação, mudanças fundamentais, como a reforma fiscal, a revisão do pacto federativo e a reforma política continuam sendo adiadas e, para seguir adiante, é preciso implementá-las. "Para avançar, não temos outra escolha. É preciso contrariar os interesses da velha política, que estão instalados na máquina pública. Cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança", disse o pessebista.
Durante os 10 minutos de programa, apenas os líderes do partido no Senado e na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF) e Beto Albuquerque (RS), tiveram uma breve participação, falando da PEC das Domésticas e dos feitos do PSB na área de Educação no Ceará, Pernambuco e Belo Horizonte. "Em tudo, você pode ter certeza, o Brasil pode fazer muito mais", frisou Albuquerque.