Dirigentes do PSB destacam que, apesar da parceria nos últimos anos, Bezerra é um político com histórico de infidelidade partidária, mas em aliança com o poder. Cacique político em Petrolina, ele já esteve no PDS, partido que dava suporte à ditadura militar, no PFL, no PMDB e no PPS como base do presidente Fernando Henrique Cardoso. Como pessebista, apoia os governos do PT.
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A situação tem causado desconforto ao ministro da Integração. Ele deu várias declarações defendendo a continuidade da aliança entre PT e PSB, mas já foi informado de que essa hipótese é remota. O dilema de Bezerra é escolher entre duas hipóteses: ter ao seu lado Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou o governador de seu Estado.
O ministro tem ouvido de aliados que, por mais forte que seja um apoio prometido pelas lideranças petistas, uma migração poderia colar nele a imagem de "traidor" e criar dificuldades para uma disputa contra um candidato de Campos.
Derrotado pelo PSB em 2012 no Recife, o senador petista Humberto Costa (PE) nega que o PT tenha feito um convite direto ao ministro. Diz que as declarações de Bezerra pela continuidade da aliança decorrem da "lealdade" do ministro ao governo do qual faz parte.
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), recorre ao mesmo termo usado pelo senador, mas em sentido oposto. Ele acredita em "lealdade" do ministro ao partido.