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Antes disso, documento enviado por Kubiske em setembro de 2008 coloca Minas Gerais e São Paulo como os estados com maior potencial para afetar a situação política nacional. No texto aos norte-americanos, um relato sobre uma “aliança controversa informal” entre PT e PSDB. “Esta aliança PT-PSDB é importante porque esses partidos são tradicionais rivais políticos em nível nacional”, destacou ela. Naquela época, a expectativa era de que o sucesso da dobradinha potencializasse Aécio como candidato ao Palácio do Planalto em 2010. Na avaliação da embaixada, o então governador se esforçou para “construir sua reputação como um político que pode trabalhar com os rivais para fazer boas coisas”.
Nos mesmos escritos sobre a eleição em BH, o atual ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, é descrito como alguém que “pode ter cometido um grande erro”, por não consultar os então ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), que teriam ficado “furiosos” com ele. O racha do PT mineiro também é relatado.
DILMA E LULA Parte do material já conhecido inclui informações sobre a presidente Dilma Rousseff (PT), monitorada mesmo antes de se tornar a maior autoridade do Brasil, e sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda nos relatos da história recente do país, o mensalão chamou a atenção da diplomacia americana. Assuntos como o apagão sofrido pelo país em 2009 e o câncer que acometeu a presidente Dilma são outros temas das correspondências enviadas aos EUA.
Os arquivos brasileiros estão entre milhares de informações vazadas pelo Wikileaks, conhecido por divulgar, desde meados de 2010, informações confidenciais de governos e empresas, especialmente os diplomáticos, conseguidos com o trabalho de hackers. O fundador e porta-voz do site, Julian Assange, está asilado na embaixada equatoriana em Londres desde o ano passado, para evitar ser extraditado para a Suécia, onde pesam contra ele acusações de supostos crimes sexuais. Assange, que teme ser extraditado da Suécia para os Estados Unidos, se diz inocente e atribui as acusações a uma conspiração devido a seu trabalho no Wikileaks.