A maratona dos concursos públicos está acelerada. Nos próximos dias, algumas das seleções mais concorridas do país encerrarão as inscrições. Há oportunidades para diversos órgãos e carreiras do funcionalismo público. As remunerações também são as mais variadas possíveis. Quem, por exemplo, for aprovado no certame da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal receberá R$ 3 mil de salário. Já os 47 selecionados para o cargo de procurador da República do Ministério Público da União (MPU) receberão proventos até oito vezes maiores, de R$ 24 mil. Ao todo, são 555 vagas já em disputa; outras 7.562 foram anunciadas e estarão no páreo até o fim deste ano. Os números constam de levantamento feito pelo Correio nos editais já divulgados e na relação de seleções autorizadas pelo Ministério do Planejamento para órgãos da administração federal.
A lista não considera, porém, as seleções que ainda dependem do aval do Executivo, como a que pretende aumentar o quadro de servidores da Receita Federal. Apenas esse concurso, quando ratificado, deverá selecionar 1.050 analistas-tributários e auditores-fiscais. Eles receberão, respectivamente, R$ 7,9 mil e R$ 13,6 mil, conforme especula-se no governo. No Judiciário, a grande aposta para 2013 é a realização do certame do Supremo Tribunal Federal (STF), que não atualiza o quadro de funcionários desde 2008. Já para as agências reguladoras, a perspectiva também é de mais contratações no ano. “Saiu agora o concurso da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e dizem que pode sair também o da ANP (Agência Nacional de Petróleo)”, lembra o professor de direito administrativo Mariano Borges, do Gran Cursos.
Gáudio Ribeiro de Paula, professor de direito do trabalho, afirma que “2013 é o ano de recuperação dos concursos públicos”. Para ele, só quem estiver muito bem preparado conseguirá vencer a dura concorrência, que é maior justamente em concursos da carreira jurídica, como o do MPU, que chegou à incrível marca de 5.428 candidatos por vaga. “Hoje, até por conta do modelo de Estado que escolhemos, é natural que haja maior necessidade de contratações no serviço público”, pondera.