Jornal Estado de Minas

PT e PSDB articulam com foco na sucessão do governo de Minas

Jorge Macedo - especial para o EM
Se no PSB a situação é de indefinição, entre os tucanos também não há horizonte sobre a escolha de quem representará o partido no processo de sucessão do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). Na convenção que reconduziu a direção do partido em Minas no fim de semana, não houve qualquer sinalização de nome. O presidente do partido, deputado federal Marcus Pestana, que é uma das possibilidades para concorrer a governador pelo partido, defendeu a candidatura própria mas não descartou que a legenda apoie algum aliado.
Nas movimentações pré-eleitorais, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), é outro que vem se firmando como um possível representante do partido na disputa. O tucano tem viajado o estado com as reuniões regionais de prestação de contas do Legislativo. Outro nome que chegou a ser cogitado foi o do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nárcio Rodrigues, ex-presidente do PSDB estadual.

Entre os aliados o nome forte é o do vice-governador Alberto Pinto Coelho, do PP. Além de o partido ter grande proximidade com o PSDB mineiro, ele é muito próximo do senador Aécio Neves (PSDB), de quem foi líder do governo, quando o tucano estava à frente do Palácio da Liberdade. Alberto Pinto Coelho, se eleito, não poderá tentar a reeleição, já que provavelmente assumirá o governo no ano que vem, quando Anastasia deve deixar o cargo para poder concorrer ao Senado. Com isso, ganham corpo as especulações de que um nome do PSDB poderia ser vice em uma chapa encabeçada pelo atual vice.

No PT, o nome colocado por enquanto é o do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, com grande aprovação à época. O partido ainda se articula para o processo de eleições diretas, para só depois disso tratar da oficialização de uma candidatura. Também corre por fora o senador Clésio Andrade, nome do PMDB para concorrer como alternativa a uma eventual polarização entre petistas e tucanos.

Disputa no PT

O deputado federal Odair Cunha (PT) abriu dissidência no grupo da Articulação e será candidato à presidência do partido com o apoio do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel (PT). Os aliados do ex-prefeito, que defendem o nome de Pimentel para concorrer ao governo de Minas, confirmaram ontem apoio a candidatura de Odair e acertaram uma programação que contará com o lançamento de um manifesto no dia 13 de maio. Integrante da tendência Articulação, Odair se lança contra o nome oficial apresentado pelo grupo, da secretária de Finanças do PT, Gleide Andrade, que tem o apoio do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Além dele, parte da Articulação de Belo Horizonte aderiu ao nome de Odair, incluindo o deputado federal Nilmário Miranda, o estadual Ulisses Gomes e o ex-deputado Carlos Gomes. O grupo acertou que Odair vai tentar uma candidatura única, conversando com os demais candidatos que se colocarem até agosto.