A presidente Dilma Rousseff aproveitou o discurso em comemoração ao Dia do Trabalhador, feito em rede de rádio e TV, para dizer que a luta contra a inflação "é constante, imutável, permanente". E que, a partir de agora, vai privilegiar como nunca a educação, "o instrumento que mais amplia o emprego e o salário." A inflação virou ativo nos discursos de oposição.
Para tanto, afirmou a presidente no programa de cerca de 12 minutos, continuará insistindo para que todos os royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam usados na educação. Disse que acabou de assinar um projeto de lei prevendo o repasse do dinheiro para a educação. Na terça-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável candidato à Presidência da República, mandou à Assembleia Legislativa proposta que vincula todos os royalties do petróleo à educação.
No discurso, Dilma chegou a sugerir que os brasileiros façam pressão sobre os governos, as empresas, as igrejas e os sindicatos para que trabalhem mais para a educação. E que "incentivem o seu deputado e o seu senador" para que eles votem a favor do projeto que destina à educação toda a verba proveniente do petróleo.
"Somente assim poderemos gritar, em uma só voz, uma nova marca de fé e amor para nosso País. Poderemos gritar, do fundo do nosso coração: Brasil, pátria educadora".
Enaltecendo os dez anos de governo do PT, Dilma disse que nesse período foram criados 19,3 milhões de empregos com carteira assinada, e o salário mínimo cresceu mais de 70% em termos reais. "Somente nos dois anos do meu governo foram criados 3,9 milhões de novos empregos." Ela disse ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pôs o Brasil numa situação privilegiada no mundo, ao anunciar que foi o País que mais reduziu o desemprego entre 2008 e 2012, em cerca de 30%.
A presidente disse ainda que os direitos trabalhistas estão avançando e as dívidas sociais histórias estão sendo resgatadas. Como exemplo, citou a recente aprovação da emenda constitucional que estende os direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) aos trabalhadores domésticos.