Brasília – A presidente Dilma Roussef utilizou o pronunciamento oficial na televisão para defender a política econômica do governo, assegurando que não vai permitir a retomada da inflação. Ela garantiu que o governo não vai “descuidar nunca do controle da inflação”. De acordo com a presidente, “esta é uma luta constante, imutável, permanente. Não abandonaremos jamais os pilares da nossa política econômica, que tem por base o crescimento sustentado e a estabilidade” .
No pronunciamento, a presidente evitou entrar em polêmica. Ela não comentou a guerra entre o STF e o Congresso. Também não fez referência à PEC 37. Logo no início de sua fala, Dilma prometeu ampliar a oferta de emprego, salário e o poder de compra do trabalhador. “É por isso que nós, brasileiras e brasileiros, estamos tendo, nos últimos anos, a alegria de comemorar o 1º de Maio com recordes sucessivos no emprego, na valorização do salário e nas conquistas sociais dos trabalhadores”, afirmou. G
atilho Na festa do 1º de Maio em São Paulo, o governo Dilma foi representado no palanque organizado pelas centrais sindicais pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que rebateu as críticas do senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Não é verdade que a inflação vai subir. Teve um pico nos últimos meses e vocês sabem o motivo. A presidente Dilma zela como uma leoa contra a inflação”, afirmou ele.
Carvalho também rechaçou a proposta da Força Sindical de indexar os salários pela inflação. “Essa proposta, não temos condição nenhuma de aceitar", avisou. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, também criticou a proposta de adoção de um gatilho para a recomposição dos salários . “Não considero hoje necessário. Isso pode estimular a inflação", afirmou o ministro. (Colaborou Maria Clara Prates)
Coleta de assinaturas
A festa do Dia do Trabalho promovida pela Força Sindical na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo, serviu também para a coleta de assinaturas em apoio à criação do partido político Solidariedade, que estaria sendo articulado pelo presidente da central e deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). No início de abril, o deputado negou que estivesse à frente de uma nova legenda. Ontem, afirmou que "tem ajudado" na criação do Solidariedade, assim como ajudou “a Marina e o Kassab (com o PSD)". O deputado não respondeu se faria parte do partido, caso seja oficializado: "É uma outra discussão. Vamos ver”. Segundo ele, o tratamento a todas as legendas é a mesma. "A Marina (Silva), por exemplo, tem um punhado de gente do Rede aí também. Normalmente, quando acontecem esses eventos, os partidos em busca de aprovação nos procuram e a gente libera (a participação)", afirmou Paulinho.