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Tucanos pressionam deputado a retirar da pauta projeto que trata da "cura gay"Batalha psicológica na comissão comandada por Marco FelicianoDeputado federal dá parecer favorável a projeto que restabelece a "cura gay"Feliciano inclui projetos contra direitos gays na pauta da comissãoComissão de Direitos Humanos se reúne nesta terça-feira para votação do projeto da cura gayMinistro do STF nega pedido contra casamento gay em cartóriosPela terceira vez, Comissão de Direitos Humanos cancela votação de projeto de "cura gay"PSC recorre ao Supremo contra decisão do CNJ sobre casamento gayHomofobia no Distrito Federal pode dar multa de até R$ 50 milVotação do projeto da "cura gay" é adiada para próxima semanaO conselho questionou o argumento de Campos ao dizer que os trechos da resolução qualificam a atuação do profissional e coíbem o surgimento das “terapias de reversão”, que propõem a cura da homossexualidade. “Essa resolução é um marco e representa um obstáculo concreto ao avanço das terapias de reversão”, disse a vice-presidente do conselho, Clara Goldman, para quem o tratamento “carece de justificativa científica e é eticamente inaceitável”. “Existem grupos que dizem que a orientação sexual pode ser revertida. Mas funcionam ao arrepio da resolução. No momento em que a resolução cair, não haverá mais obstáculos éticos e técnicos para o avanço dessas terapias e propostas de cura da homossexualidade.”
Para Gustavo Bernardes, coordenador-geral de Promoção dos Direitos da População LGBT, da Secretaria de Direitos Humanos, a supressão de trechos da resolução “abre espaço para a volta de uma questão que já está superada há muito tempo”, que seria o tratamento da homossexualidade como doença.
Bernardes questionou o que chama de “intromissão” do Legislativo “numa questão que é de competência do CFP” e disse discordar do argumento de Campos de que a resolução restringe a ação de psicólogos e o direito do paciente de receber orientação profissional. “Apoiamos um trabalho por parte do profissional de psicologia para que a pessoa aceite sua orientação sexual e a identidade de gênero e evite complicações, como os sofrimentos psíquicos”. Procurados, Feliciano e Campos não se manifestaram.