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Governo federal publica decreto para execução do orçamento de 2013Governo se divide sobre cortes de gastos do OrçamentoCâmara cria comissão sobre orçamento impositivoComissão divulga nomes de relatores setoriais do Orçamento para 2014Deputados divergem sobre contingenciamento orçamentárioGoverno federal será obrigado a cumprir orçamentoA execução do Orçamento segue três fases: o empenho, a liquidação e o pagamento efetivo. Os restos a pagar correspondem ao volume de recursos empenhados ou liquidados em um ano, mas cujo pagamento fica para o ano seguinte.
Nas últimas décadas, os restos a pagar têm sustentado os investimentos federais, que correspondem basicamente aos gastos em obras públicas e em compras de máquinas e de equipamentos. Em 2012, dos R$ 59,448 bilhões investidos pela União, R$ 34,177 bilhões (57,5%) vieram de recursos de outros anos.
Nos três primeiros meses deste ano, o peso das verbas de exercícios anteriores nos investimentos federais foi ainda maior porque o Orçamento de 2013 só foi sancionado em abril. De janeiro a março, os restos a pagar representaram 95,9% dos R$ 16,830 bilhões investidos, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Tesouro.
O volume de restos a pagar autorizados para 2013 poderia ser ainda maior. No ano passado, os ministérios haviam empenhado ou liquidado R$ 176,631 bilhões para este ano. Do total, R$ 26,274 bilhões tinham sido classificados como processados e R$ 150,357 bilhões tinham sido enquadrados como não processados.
Encarregado de autorizar os restos a pagar, o Tesouro Nacional não validou cerca de R$ 72,446 bilhões. Normalmente, o Ministério da Fazenda alega o descumprimento de exigências burocráticas para não aprovar a execução dos gastos no ano seguinte.