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Brasil pune mais os pobres e os negros, diz BarbosaPedro Henry pede afastamento de Barbosa da relatoria do mensalãoNo discurso, o presidente não mencionou expressamente o nome dos jornais. Mas em outros momentos, reservadamente, já havia expressado essa opinião em relação ao jornal O Estado de S. Paulo e aos jornais Folha de S.Paulo e O Globo.
Barbosa ainda apontou como falha na imprensa brasileira a ausência de "negros e mulatos" nas redações. "Como muitos aqui devem saber, no Brasil, negros e mulatos compõem 50% a 51% do total da população, de acordo com o último censo de 2010", disse. "Mas não brancos são muito raros nas redações, nas telas da televisão, sem mencionar a ausência nas posições de controle ou liderança nas empresas de mídia", acrescentou.
Apesar das críticas, Barbosa afirmou não acreditar em "democracias perfeitas" e disse que não podia negar os "formidáveis ganhos" na liberdade de imprensa e de expressão após a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988. Barbosa, que criticou publicamente jornalistas ao longo e depois do julgamento do mensalão, disse que todo "agente público numa sociedade democrática" deve viver sob a supervisão da imprensa.