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Relatório pode servir de prova para devolução de terras indígenasComissão especial discutirá PEC sobre terras indígenasDeputados apresentam requerimento para criação de CPI da Funai e do IncraMinistra garante que haverá corte no poder da FunaiApós série de protestos, Dilma Rousseff ordena intervenção na FunaiGleise Hoffmann fala na Câmara sobre demarcação de terras indígenasO processo da chamada desintrusão, que é a retirada de não índios, na terra indígena ianomâmi não teve a batalha nos tribunais como aconteceu com a saída de fazendeiros produtores de arroz da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em 2009, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pacheco afirmou que as ações existentes são de questionamento de valores de pagamentos das indenizações. Ele disse que a Funai já depositou R$ 1.460.388,26 para pagamentos das benfeitorias aos não índios de 11 fazendas. Ocupantes de outras cinco propriedades não receberão indenizações. "São posses posteriores à homologação, então são atos de má-fé e não têm direito a indenização", afirmou Pacheco.
O prazo para o cumprimento da desintrusão acabou em 25 de abril, mas, segundo o procurador, a Funai pediu um prazo maior. As 11 fazendas estão localizadas na reserva ianomâmi na região de Ajarani, que fica entre os municípios de Iracema e Caracaraí, no sul de Roraima. O total de famílias de não índios e do rebanho bovino no local não foi informado pela Funai.
Situada na fronteira entre Brasil e Venezuela e com 96 mil quilômetros quadrados, área maior que Portugal, a terra indígena ianomâmi tem 279 aldeias e 21,5 mil índios, que vivem em tensão com garimpeiros e pescadores. A reportagem não localizou os advogados dos fazendeiros para falar sobre a saída da reserva. A Funai não comentou a operação.