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Júri ouve segunda testemunha de acusação do Caso PC FariasSuzana tentou se afogar, diz garçom da casa de PCComeça julgamento dos acusados de matar PC Farias e a namoradaCollor paga imposto e se livra de ação penal no STFPerito nega tese de crime passional no caso PC FariasMorte de PC Farias foi crime passional, reitera legistaEm comissão, Collor rasga relatório de prestação de contas do DnitNamorada de PC Farias comprou arma, diz testemunhaAugusto Farias foi o primeiro a chegar ao local do crime, depois de ser avisado pelo policial militar Reinaldo Correia de Lima Filho, um dos réus. "Eu me questiono: e se não tivesse sido eu o primeiro a chegar? Se tivessem sido o Carlos Gilberto, Luiz Romero, Cláudio ou o Rogério, eles ainda iriam me colocar como suspeito?", questionou, se referindo aos demais irmãos do empresário Paulo César Farias.
Traição
O ex-deputado afirmou ainda que o empresário sabia que era traído por Suzana Marcolino. Segundo ele, Caio Ferraz do Amaral, a quem o ex-deputado chamou de procurador da família em São Paulo, disse que havia contratado um detetive para investigar a vida de Suzana e uma suposta traição em São Paulo. "Em seguida, entregou um relatório ao Paulo ", informou.
Augusto Farias declarou que havia conversando com o irmão sobre seu relacionamento com Suzana, que não teria o apoio da família. "Cabia a mim, como irmão, como amigo, dizer a opinião da família sobre a Suzana", ressaltou. "Eu disse a ele quem ela era."
Antes do ex-deputado, sua ex-namorada Milane Valente de Melo prestou depoimento. Ao júri relatou ter sido ameaçada dias depois da morte do casal. Milane afirmou ainda que o ex-deputado Augusto Farias paga os honorários do advogado de defesa dos quatro réus e pelo menos dois deles trabalham atualmente para o ex-parlamentar.
A tese sustentada pela defesa é a mesma da polícia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suicídio. Nessa segunda, 6, Augusto Farias afirmou acreditar na inocência dos policiais.
Já o Ministério Público acredita em duplo homicídio e acusa os quatro réus de coautoria do crime e omissão, já que faziam a segurança do local onde o casal morreu. Para a promotoria, a morte de PC Farias foi "queima de arquivo". O empresário foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor (PTB), era réu em processos por crimes financeiros e foi o centro das denúncias de corrupção que resultaram no impeachment de Collor.