A Justiça Eleitoral em Minas Gerais já cassou o mandato de 18 prefeitos no estado desde as eleições do ano passado, de acordo com informação divulgada nesta terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Nesses locais, os líderes do Executivo municipal eleitos para os próximos quatro anos foram denunciados por irregularidades e quatro deles já foram substituídos. As cidades de Biquinhas, Cachoeira Dourada, Diamantina e São João do Paraíso tiveram que voltar as urnas para escolher novamente os administradores municipais. As substituições que levaram a necessidade de novos pleitos já custaram aos cofres públicos cerca de R$ 70 mil, conforme levantamento do TRE.
No Pará está concentrado o maior volume financeiro, com ações que passam de R$ 500 mil. Outros seis acordos foram fechados – dois deles sem precisar de ação judicial –, somando R$ 104,8 mil. A AGU considera as ações para cobrar gastos com eleições suplementares são uma medida pedagógica contra a corrupção. "Eles [os políticos] precisam estar cientes de que terão que devolver aos cofres públicos todos os gastos com as novas eleições realizadas por causa de ato fraudulento cometido que, consequentemente, gerou a cassação", observa o diretor do Departamento de Probidade Administrativa da AGU, Renato Dantas.