Em declaração à imprensa feita nesta quarta-feira, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff pediu "cessar-fogo imediato" na Síria. O pedido foi feito ao lado do presidente do Egito, Mohamed Morsi, que faz visita oficial ao País.
Leia Mais
Após série de protestos, Dilma Rousseff ordena intervenção na FunaiDilma recebe nesta quarta-feira o presidente do EgitoPara apoiar Dilma, PMDB estuda candidatura em PernambucoDrama humanitário sem solução imediata para refugiados sírios Brasil poderá conceder vistos a refugiados da SíriaDilma defende Egito como mediador de Israel e PalestinaDilma reiterou que "o Brasil reconhece a importância do Estado Palestino para que se construa a paz naquela região". Ao falar sobre o Egito, a presidente destacou que os "ventos da redemocratização vão ser os precursores de um projeto econômico renovado, tanto do ponto de vista social, político, quanto no que se refere à afirmação da soberania do Egito".
Apoio na OMC
A presidente disse também que é preciso lutar contra as "assimetrias" existentes nas instituições financeiras internacionais. Ela aproveitou o discurso para agradecer o apoio do Egito à candidatura do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, eleito na terça-feira, 07, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
"No plano econômico, temos de lutar contra as assimetrias existentes ainda nas instituições financeiras internacionais. A implementação da reforma do sistema de cotas e votação no FMI (Fundo Monetário Internacional) está entre as iniciativas urgentes. Quero aqui reiterar o meu agradecimento pelo apoio do Egito, que muito valorizamos, ao candidato brasileiro Roberto Azevêdo ao cargo de diretor-geral da OMC", discursou a presidente. "O presidente Morsi e eu concordamos que uma cooperação Sul-Sul entre nossos países é estratégica."
Dilma reiterou que o Brasil apoia uma reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) "em particular de seu Conselho de Segurança e enfatizamos a importância da representação de árabes e africanos nesse órgão multilateral".
Acordos
Também nesta quarta-feira foram assinados no Palácio do Planalto um protocolo de cooperação para realização de atividades culturais conjuntas entre Brasil e Egito e memorandos de entendimentos para troca de informações na área ambiental e cooperação técnica na área de desenvolvimento agrário.
De acordo com o Itamaraty, o comércio entre Brasil e Egito aumentou sete vezes no período de 2002 a 2012, saltando de US$ 410 milhões para US$ 2,96 bilhões. As possibilidades oferecidas nas áreas de infraestrutura, energia e transportes no Egito têm atraído a atenção de empresas brasileiras.