Brasília - Em entrevista coletiva após cerimônia de posse, o ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, disse que a legislação não o obriga a deixar o cargo de vice-governador de São Paulo. "Só deixo por decisão judicial", disse o ministro, acrescentando que ele foi eleito para o cargo e "não se renuncia ao cargo para o qual foi eleito". "Renúncia é muito grave, um vice não se licencia, ele é stand by", completou.
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Dilma afirma que micro e pequenas empresas geram 11 mi de empregosDurante posse de Afif, Dilma diz que pequenas empresas sofrem mais com burocraciaEmpreendedorismo não é bandeira partidária, diz AfifMesmo com nomeação de Afif Domingos para ministério, PSD continua independente, diz líderMinistro da Micro e Pequena Empresa diz que burocracia é como colesterolEm relação à posição da Comissão de Ética da Presidência da República que pode questioná-lo sobre a dupla função, Afif disse que é melhor esperar a manifestação do colegiado. E insistiu: "A legislação não tem nada que me impeça de assumir o cargo."
Ele classificou a decisão do PSOL de questioná-lo judicialmente em relação à dupla função de "ação para luzes". "É uma ação de quem não está satisfeito", disse, destacando que não se sente eticamente impedido de assumir o ministério porque a outra função que exerce, reforçou, é um cargo para o qual foi eleito.
Sobre o seu partido, o PSD, apoiar o governo no Congresso e Dilma à reeleição, Afif respondeu: "O PSD não virou governo. O PSD tem uma grande tendência de apoiar a reeleição da presidente Dilma, sem que isso signifique troca de cargos. Todo mundo sabe das posições do partido."
Afif ainda comentou que a demora para assumir o cargo, já que o ministério foi criado em 28 de março, ocorreu porque houve "um processo longo de conversação".