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Morte de PC Farias foi crime passional, reitera legistaNamorada de PC Farias comprou arma, diz testemunhaIrmão de PC Farias nega envolvimento no assassinato do tesoureiro de CollorLegista diz que namorada de PC Farias foi assassinadaEm seu depoimento, Tochetto revelou que o método utilizado pela perícia alagoana para investigar vestígios de pólvora nas mãos de Suzana Marcolino é falho. Além disso, segundo ele, a água utilizada para colher o material contém três dos quatro elementos encontrados nas mãos de Suzana. "Com exceção do cloro, a composição química da água utilizada na perícia traz alumínio, enxofre e potássio, todos encontrados nas mãos de Suzana e de Paulo César Farias. E não são resíduos de tiro", explicou.
Domingos Tochetto disse ainda que o nitrito - elemento químico provocado por queima da pólvora - encontrado tanto nas mãos de Suzana como nas de Paulo César Farias pode ter origem em outros elementos como cigarro ou saliva. "Para ser oriundo de tiro, seria preciso encontrar a existência de chumbo, bário e antimônio, elementos que não foram encontrados nas mãos dela", afirmou.
Nessa quarta-feira, Badan Palhares lembrou indícios que, para ele, confirmam a tese de crime passional, como o fato de o casal estar sozinho no quarto e Suzana ter motivos para matar PC Farias em razão de brigas conjugais.
O crime
PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos a tiros no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, em Guaxuma, no litoral Norte de Alagoas. A tese sustentada pela defesa dos policiais militares é a mesma da polícia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suicídio.
O Ministério Público considera o caso como "queima de arquivo". O empresário foi tesoureiro da campanha de Fernando Collor (PTB), era réu em processos por crimes financeiros e foi o centro das denúncias de corrupção que resultaram no impeachment de Collor.