Ao depor quarta feira na Polícia Federal em São Paulo, sobre denúncias de que dinheiro do Mensalão foi usado para cobrir despesas pessoais de Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Freud Godoy - ex-assessor do ex-presidente - abriu mão de seu sigilo bancário. Ao final do depoimento, que durou cerca de quatro horas, o delegado que o ouviu fez uma pergunta. “O sr. abre mão do seu sigilo?” Freud respondeu “abro” e assinou embaixo o compromisso.
Ele reiterou o que havia dito em depoimento anterior no inquérito do mensalão - exibiu cópia daquelas declarações. Reafirmou que o cheque de R$ 98,5 mil que sua empresa, Caso Sistemas de Segurança - contratada pelo PT para organizar comícios - , recebeu da SMP&B, agência de Marcos Valério, operador do Mensalão, era referente a eventos da campanha de 2002. Negou que tenha pago despesas pessoais de Lula. Sua mulher e sócia, Simone, depôs por uma hora. Ela disse que, ao final da campanha, não presenciou pagamentos. Estava afastada da administração da empresa, em repouso absoluto, por causa da gravidez.