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Estado de Minas

Alckmin ataca sistema político brasileiro


postado em 10/05/2013 20:08

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira que não há "democracia no mundo que funcione com 30 partidos" e criticou o sistema político brasileiro. "O modelo político brasileiro é muito ruim, está piorando", afirmou o tucano ao explicar suas declarações dadas essa semana, em um evento sobre transparência, de que faltaria guilhotina no País "para contar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro".

Durante encontro de administradores de Santas Casas e hospitais beneficentes do Estado, em Campinas, interior de São Paulo, Alckmin explicou aos jornalistas suas declarações. "Quis dizer que nós não podemos nos acomodar. Santo Agostinho dizia: 'prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem'. Então nós precisamos ter essa capacidade de nos indignarmos frente ao que está errado, corrigir as coisas."

Com o chefe da Casa Civil de seu governo, Edson Aparecido, citado na Operação Fratelli, que apura um esquema de fraudes em contratos de asfalto, Alckmin defendeu maior transparência de governo e afirmou que o que "estimula a atividade delituosa é a impunidade".

"Falei de forma geral. O sistema político brasileiro está errado. Tem casos de enriquecimento nítido, o sujeito entra na política e fica milionário", afirmou Alckmin.

Convidado para participar do 22º congresso de dirigentes de Santas Casas e hospitais beneficentes do Estado, Alckmin anunciou a liberação de recursos, uma linha de crédito para amenizar a dívida de quase R$ 15 bilhões das instituições com os bancos e aproveitou para atacar o governo federal. "A dívida das Santas Casas é resultado de atender o SUS (Sistema Único de Saúde). A tabela é muito baixa. A cada procedimento se acumula um déficit", afirmou Alckmin.

O governador tucano afirmou que essa é uma questão política. "Não caiu a ficha ainda que o Brasil não é mais um país jovem, o Brasil é um país maduro caminhando para ser um país idoso. E isso é óbvio que aumenta os gastos com a Saúde. Então precisa o financiamento da Saúde ser prioridade", disse.


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