Muitos dos cerca de 4 milhões de africanos que chegaram ao Brasil em mais de 350 anos de tráfico negreiro não sobreviveram à viagem, às doenças, aos chicotes. Parte dos que conseguiram driblar a morte têm conseguido, nas últimas três décadas, comprar suas alforrias ou, simplesmente, fugir. Na atual conjuntura do país, que chegou a ter cerca de 20% da população escrava, o projeto de lei, caso aprovado pelo Senado, libertará os atuais 805 mil servos. O número representa 5% da população atual, de 14 milhões de pessoas.