Pressionados pela ugência do governo federal em ver aprovada a medida provisória dos Portos, a matéria está na pauta da sessão extraordinária de hoje do plenário da Câmara, marcada para as 18 horas. O governo faz um esforço para garantir a votação da MP, que cria regras para as futuras concessões e autorizações de instalações portuárias, mas ainda não há consenso. A medida perderá a validade na próxima quinta-feira (16), se não for votada pela Câmara e pelo Senado.
Na última quarta-feira (8), a sessão do plenário foi encerrada após polêmica os deputados acerca de denúncias feitas pelo líder do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), de que teria havido favorecimento econômico em emenda apresentada pelo PMDB com o apoio de outros partidos.
A emenda prevê, entre outras mudanças, a obrigatoriedade de se realizar licitação para terminais privados, cujo prazo de vigência (25 anos) poderá ser prorrogado uma única vez. Já o relatório da comissão mista estabelece, nesse caso, que o governo precisará fazer apenas uma chamada pública ou uma seleção, se houver mais de um interessado.
Apesar da falta de consenso, o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que vai mobilizar a base governista para aprovar a MP. "Essa MP precisa ser votada, é importante para o País", declarou.
Já o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que haverá dificuldades na votação. "Antes que se esclareçam as acusações que foram feitas aqui, não há a menor condição de que o Plenário da Câmara se reúna para votar uma medida provisória aonde há tantas dúvidas", disse Lorenzoni.
Com Agência Câmara