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Sem uma política de inclusão, negros ficaram à margem da sociedadeVereador Wellington Magalhães sempre demonstrou gosto por megaeventosCâmara analisa projeto para deduzir do IR previdência de dependente sem rendaSem-terra saem para julgamento da Chacina de Felisburgo e complicam trânsitoAcusados pela Chacina de Felisburgo vão a júri nesta quarta-feira em BHJustiça adia julgamento de acusados do Massacre de FelisburgoAto público na Câmara pede condenação dos acusados dos Massacre de FelisburgoSegundo o advogado Rogério Del Corsi, um dos defensores de Chafik, o adiamento foi pedido para que sejam ouvidas 60 testemunhas de defesa e acusações na comarca de Jequitinhonha. Essas pessoas já deveriam ter sido ouvidas por carta precatória expedida por Glauco Soares, mas, de acordo com Del Corsi, um equívoco da Justiça impediu a realização das oitivas. "Ao invés de ouvir as testemunhas, a Justiça apenas expediu intimação para que elas compareçam no julgamento em Belo Horizonte. Mas nenhuma testemunha é obrigada a ir para outra cidade", observou.
A audiência está marcada para esta quarta-feira, mas o advogado avalia que não haverá tempo para ouvir as testemunhas. "Temos esperança de bom senso do juiz (Glauco Soares), porque também não é possível para a defesa estudar 60 depoimentos em um dia. Seria um cerceamento de defesa muito grande", acrescentou.
Acampamento
Antes mesmo de saber a decisão de Glauco Soares, cerca de 2 mil sem-terra de todas as regiões de Minas seguiram para Belo Horizonte, para montar um acampamento em frente ao Fórum Lafayette para acompanhar o julgamento. O grupo planeja um ato na hora do almoço, nesta terça, "para pedir Justiça para esse crime", segundo Sílvio Netto, um dos representantes do MST no Estado. "A preocupação da defesa é porque sabe que o cliente é um assassino confesso que não tem como ser absolvido", disparou Netto, referindo-se à confissão de Chafik em depoimento à polícia de que comandou e participou do ataque ao acampamento.
O fazendeiro aguarda o julgamento por um júri popular pelos cinco assassinatos e 12 tentativas de homicídio em liberdade. "Caso tenha novo adiamento, o Estado tem que tomar alguma providência. Ou determinar a desapropriação do acampamento (Terra Prometida) ou prender o Chafik, porque, solto, ele representa uma ameaça para os trabalhadores. Já mostrou do que é capaz", salientou o dirigente do MST. A reportagem tentou falar com o fórum de Jequitinhonha no fim da tarde desta segunda, mas não houve retorno.