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Polícia Federal prende sobrinho e o secretário do governador do AcreJustiça concede habeas corpus a sobrinho de Tião VianaGrupo usa proximidade com governador do Acre para obter contrato, diz PFNa interpretação feita pelos agentes da PF do diálogo entre Viana e o empresário preso, “o governador diz que fará a mediação” da linha de crédito para o grupo acusado e que tal operação “se dará via Fieac”, com as secretarias da Fazenda, de Planejamento e de Obras atestando os contratos. Viana diz na conversa que é para Salomão “tratar da operação de crédito” com o Banco do Estado de Sergipe (Banese) “via Federação das Indústrias”. O governador também pede um encontro entre os investigados e seus secretários.
A quadrilha, segundo a PF, era investigada desde 2011. Em apenas seis contratos, no valor de R$ 40 milhões, eles teriam provocado um rombo estimado em R$ 4 milhões aos cofres públicos. Conforme as investigações, o grupo, organizado em cartel, burlava concorrências e superfaturava contratos de pavimentação e obras de habitação.
O esquema tinha como alvo principal os dois maiores projetos em andamento no Estado: o Ruas do Povo e o Cidade do Povo, com investimento de mais de R$ 1,5 bilhão para pavimentação e construção de casas populares. Sete empresas se alteravam na simulação das licitações, segundo a PF. “Essas empresas dominavam as licitações do Estado na área da construção civil em cartel”, disse o superintendente regional da PF do Acre, Marcelo Rezende Vieira.
Clínica. Parte dos suspeitos, incluindo o sobrinho do governador, é investigada também por fraude de contratos da Saúde. Em outra conversa telefônica gravada pela PF, o empresário Narciso Mendes Júnior, preso na Operação G7, sugere que o governador teria se comprometido com ele a apoiar a abertura de uma clínica em Rio Branco, que, segundo a investigação, foi montada exclusivamente para fraudar exames da rede pública de saúde.
A criação do Centro de Medicina Diagnóstica Ltda., conforme a PF, contou com o auxílio de Tiago Viana. No diálogo captado no dia 30 de setembro de 2011, Narciso liga para o pai e relata o suposto encontro que teve com o governador, no qual teria sido apresentado a um médico de Rondônia com interesses em também montar uma clínica no Estado. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.