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Justiça adia julgamento de acusados do Massacre de FelisburgoAto público na Câmara pede condenação dos acusados dos Massacre de FelisburgoMST invade fazenda pela 19ª vez no PontalJustiça manda MST desocupar fazenda da CutraleO grupo está preparado para ficar no local. Os manifestantes carregaram até o Fórum, colchões, lonas, fogão, e alimentos, como feijão e mandioca. “Não temos dúvida que esse é um fato que deverá ouvir o trabalhador e esperamos ser recebidos pelo juiz. Se não condenar o Adriano Chafik é uma carta branca para fazendeiros continuarem matando nos campos brasileiros”, afirma Neto.
A Chacina de Felisburgo ocorreu em 20 de novembro de 2004, quando 17 homens invadiram o acampamento Terra Prometida, na Fazenda Nova Alegria, e atearam fogo em barracos e plantações. Além das cinco vítimas executadas com tiros à queima-roupa - Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos, Miguel Jorge dos Santos, de 56, Francisco Nascimento Rocha, de 72, Juvenal Jorge da Silva, de 65, e Joaquim José dos Santos, de 48 - 20 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança de 12 anos. O crime foi a segunda maior chacina de sem-terra no País, atrás apenas dos assassinatos de 19 trabalhadores por policiais militares em Eldorado dos Carajás (PA), em abril de 1996.
O julgamento estava previsto para ser iniciado nesta quarta-feira, mas a defesa de Chafik apresentou na segunda-feira pedido de adiamento para que sejam ouvidas 60 testemunhas do processo na comarca de Jequitinhonha, a 690 quilômetros da capital. O pedido foi acatado pelo juiz.
A tropa de choque acompanha a movimentação do MST. Nesta manhã, a manifestação causou lentidão no Centro de Belo Horizonte. Os manifestantes se encontraram com servidores da Prefeitura, em greve desde o início do mês, e um grupo que protestava na Praça Milton Campos, contra 11ª rodada de licitações de blocos para a exploração de petróleo e gás natural e a privatização de barragens. Juntos, todos saíram em passeata.