A sessão extraordinária da Câmara dos Deputados para votar a Medida Provisória dos Portos terminou em tumulto. A sessão que estava tensa por causa da troca de acusações entre o líder do DEM, Ronaldo Caiado, e do PR, Antony Garotinho, teve que ser encerrada. O deputado Toninho Pinheiro (PP) invadiu o espaço destinado à presidência da Casa com uma faixa que pedia recursos para a saúde. Bastante alterado, o deputado mineiro teve que ser contido por seguranças e outros deputados de Minas. Na faixa, Pinheiro informava que o governo empenhou R$ 8,3 bilhões em recursos de emendas parlamentares para a saúde, mas que os recursos não foram liberados. Após o incidente, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB), suspendeu a sessão. A reunião foi remarcada para as 17h30.
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Em sua fala no plenário nesta terça-feira, Garotinho (PR) voltou seu discurso contra o PSDB e DEM. Ele criticou os dois partidos por terem anunciado obstrução à MP dos Portos por conta das denúncias feitas por ele na semana passada de que a emenda aglutinativa do PMDB tornaria a MP em "show do milhão". Dessa vez, Garotinho disse que PSDB e DEM deveriam entrar em contato com o empresário Daniel Dantas para saber quais interesses estão por trás da MP dos Portos. "Se DEM e PSDB querem tanto informação sobre a MP, a terão no tempo oportuno, mas PSDB e DEM conhecem bem Daniel Dantas. Se quiser saber mais detalhes do que irei revelar no Conselho de Ética, pegue o dedo e ligue para Daniel Dantas", disse. Dantas é controlador do banco Opportunity, já foi investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e pela CPI dos Correios.
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que só conhece Dantas quando o investigou na CPI dos Correios. "O PSDB entende que, se esta Casa está sob suspeição, não fazemos parte disso; o PSDB e favorável à modernização, à privatização, mas o processo se maculou por completo", disse.
Com agência