Leia Mais
Integrantes da Comissão da Verdade não souberam enfrentar Ustra, dizem militantesDilma pede à Alemanha ajuda na Comissão da VerdadeAudiência da Comissão da Verdade é marcada por bate-boca entre vítima e torturadorSoldado diz à Comissão da Verdade que viu coronel executar casal de estudantesComissão da Verdade pode ser instalada também em Minas GeraisA avaliação da presidente é que a "publicidade" dos depoimentos de agentes influentes como Ustra é importante para o esclarecimento do que ocorreu nos porões da ditadura. À comissão, Ustra, um torturador reconhecido pela Justiça de São Paulo desde 2008, tentou reduzir o impacto das perguntas sobre as mortes e torturas que lhe são atribuídas, muitas delas reconhecidas pelos tribunais, usando a estratégia midiática de atacar a trajetória de Dilma em grupos guerrilheiros. Não há registros de que Dilma tenha sido investigada pelo torturador na época ou tenha ficado presa em unidades chefiadas por ele.
No encontro de ontem, os integrantes da comissão anteciparam para a presidente resultados de um levantamento do primeiro ano, que será apresentado ao público no dia 21. O coordenador do grupo, Paulo Sérgio Pinheiro, avaliou que o novo prazo permitirá ouvir um número maior de agentes da repressão e uma análise da grande quantidade de documentos oficiais. Um dos entraves das investigações é a negativa das Forças Armadas em abrir os arquivos secretos dos três centros de inteligência – Cenimar (Marinha), Ciex (Exército) e Cisa (Aeronáutica). Em tom diplomático, Pinheiro disse que existe um "diálogo construtivo" com os militares.