O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), disse nessa terça-feira que vai colocar na pauta ainda neste semestre a votação do orçamento impositivo. Proposta de emenda constitucional tramita naquela casa desde 2006. A declaração de Alves veio após notícias de que o governo teria liberado R$ 1 bilhão para as bases eleitorais dos deputados, por meio das emendas parlamentares, que estariam sendo usadas como moeda de troca para a votação da medida provisória dos Portos.
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No plenário, líderes partidários apoiaram a iniciativa do presidente da Câmara. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que sua bancada quer que as emendas parlamentares sejam transparentes. "O PMDB rejeita e repudia qualquer insinuação de liberação de emenda para qualquer votação. E mais, a bancada reunida hoje chegou a seguinte decisão: o PMDB não quer liberar nenhum centavo de emenda sua antes da votação da PEC do orçamento impositivo", disse Cunha.
Vice-líder do PSDB, o deputado Domingos Sávio (MG) também apoiou a votação da PEC do orçamento impositivo e criticou a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, que esteve na Casa na última segunda (13) para negociar a aprovação da MP dos Portos.
"Eu não comungo, e sinto que não é também o sentimento da maioria dessa Casa, que vai ser a troco de liberação ou não de emenda que vamos votar ou deixar de votar. No entanto, já se estabeleceu esse conceito a ponto de uma ministra de Estado vir aqui dizer ‘agora, vou liberar’”, disse Sávio.
A líder do PCdoB, deputada Manuela D´Ávila (RS), classificou as acusações publicadas nos jornais de levianas e criticou o que chamou de criminalização da atividade parlamentar. No fim de abril, foi criada a comissão especial que deve analisar a PEC do Orçamento impositivo. Se aprovada, deve passar por duas votações no plenário da Câmara.
Com Agência Câmara