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Para votar a redação final, era necessária a presença de, no mínimo, 257 deputados. Faltavam mais de 60. De barriga cheia, depois de comerem a galinhada feita por funcionárias do deputado Fábio Ramalho (PV-MG) e assistir à eliminação do Corinthians na Libertadores, muitos sumiram. A derrota do governo se desenhava. Desesperados, governistas procuram os correligionários. Foi um festival de ligações de celular. Todos ao mesmo tempo ligando para os colegas. Parlamentares da oposição, mesmo caindo de sono, já comemoravam.
Diante da derrota que se construía, Henrique Eduardo Alves declarou que, se em 30 minutos o quórum não fosse atingido, a sessão seria encerrada. Vários deputados da oposição registraram a presença para demonstrar a derrota do governo e também não levarem falta numa sessão considerada histórica. Os minutos se passaram e nada de quórum. Henrique Alves então mudou a estratégia e avisou que esperaria o tempo que fosse necessário. Uma nova operação de resgate foi montada. Deputados foram acordados por colegas em casa. A mobilização ocorreu entre as 2h20 e as 7h20.
“Teve gente que foi pego em restaurante e em festas. Um grupo chegou com cheiro de bebida alcoólica”, relata um parlamentar. E, aos poucos, a tática de trazer os deputados pelo braço foi obtendo sucesso. Mesmo a contragosto, os congressistas voltaram e encheram o plenário novamente. Um deles chegou a entrar no local sem gravata. Por volta das 8h, a sessão atingiu o quórum e, com 353 deputados, a MP dos Portos foi aprovada às 9h43.