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Tucanos de MG e SP chegam a um acordo para comandar o partido nos próximos anosAlckmin e Aloysio Nunes defendem união do PSDBGuerra deixa comando nacional do PSDB e assume direção do partido em PernambucoAécio quer ações 'em rede' de todos os setores do PSDBO objetivo da composição foi fazer um gesto aos paulistas no momento em que Aécio precisa do apoio dos tucanos do maior colégio eleitoral do País para levar em frente o projeto de ser candidato à Presidência em 2014. Também ajuda a estancar a movimentação de Serra, que ameaça deixar o PSDB alegando não ter espaço na sigla. Por fim, o acordo também dá legitimidade e um discurso de unidade a Aécio para conduzir o PSDB.
Os acertos para a composição da Executiva ocorreram após telefonemas entre Alckmin e Aécio nos últimos dias. O senador também veio a São Paulo no começo da semana para se encontrar com Serra e discutir a questão partidária. O governador enviou ainda emissários para conversar com Serra sobre a composição da nova direção.
Na convenção deste sábado, será apresentado o novo estatuto do partido, que cria um colegiado de seis vice-presidentes. Hoje, o 1.º vice-presidente, que é Goldman, assume o partido na ausência do presidente. Mas agora haverá uma mudança: Aécio poderá escolher entre os vices quem o substituirá em caso de ausência. O colegiado de vices contará ainda com o ex-senador Tasso Jereissati (CE) e o deputado Bruno Araújo (PE) - as outras vagas não foram definidas.
Guerra, atual presidente do PSDB, assumirá o Instituto Teotônio Vilela (ITV), comandado atualmente por Tasso. 'Tranquilo'. Com essa composição, Aécio acredita que terá um ambiente “tranquilo” dentro do partido. Nos bastidores, aliados de Serra vinham reclamando da falta de espaço para o ex-governador na direção do PSDB. Diziam que os “mineiros” não estavam dispostos a negociar e que a atitude levaria à saída de Serra do partido. Em 2011, aliados de Aécio isolaram Serra na direção partidária. Foi criado um posto figurativo para o paulista, o de presidente do Conselho Político do partido.
Nessa quinta-feira, Alckmin contou que irá à convenção do partido acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Serra. Disse que os paulistas estarão “muito bem representados” na nova executiva. O governador referiu-se a Aécio como “nosso” candidato a presidente do PSDB e afirmou que o mineiro tem “liderança para comandar o partido”. Já em relação à candidatura presidencial, o apoio de Alckmin não é assertivo: “Temos vários bons candidatos. Essa decisão deve ser no final do ano”.