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Comissão da Verdade pode ser instalada também em Minas GeraisRecusa de militares em colaborar afeta Comissão da Verdade, diz coordenadoraDilma prorroga trabalhos da Comissão da VerdadeComissão da Verdade divulga neste terça-feira balanço do que foi apuradoAlgum tempo depois da execução, Oliveira disse que deixou o Exército por não concordar com aquele tipo de violência e que chegou a passar um ano no Chile para escapar das perseguições dos militares. Em 1998 foi reintegrado, sendo dispensado no ano seguinte.
A versão oficial da época atribuiu a morte do casal Abi-Eçab à detonação de explosivos que os dois estudantes transportavam enquanto viajavam de carro pela BR-116, no trecho próximo a Vassouras. Mas, em 2000, o laudo da exumação dos restos mortais mostrou que os dois foram executados. Militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), o casal era suspeito de ter participado da execução do capitão do Exército norte-americano Charles Rodney Chandler, em 12 de outubro de 1968.
Também participou da operação de sequestro e execução do casal, de acordo com Oliveira, o sargento Guilherme do Rosário, que morreu no atentado do Riocentro, quando a bomba que carregava explodiu no seu colo, dentro do carro. O soldado reforçou a ligação de Rosário com o coronel Perdigão, apontado como mentor do atentado à bomba mal-sucedido ao Riocentro, onde ocorria o show comemorativo do Dia do Trabalho, em 1981. O coronel Perdigão morreu em 1997.
Em seu depoimento, Oliveira destacou ainda a participação de agentes dos Estados Unidos na doutrinação de soldados brasileiros. Segundo ele, nos treinamentos foram exibidos filmes de torturas cometidas pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã.