Integrantes do PSDB e do DEM classificaram nesta segunda-feira como "leviana" e "irresponsável" a declaração da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que creditou à oposição os boatos que circularam no fim de semana sobre o fim do programa Bolsa-Família. No perfil no Twitter, Rosário escreveu que as informações deveriam ser "da central de notícias da oposição".
Presidente nacional do DEM, o senador Agripino Maia (RN) também criticou Rosário. "Um ministro de Estado não pode ser meio leviano, nem leviano por inteiro. Ela tem a obrigação de nominar, já que acusou. Não pode apenas levantar uma suposição", afirmou. Maia disse acreditar que o governo está irritado, uma vez que o episódio provou, de acordo com ele, que o programa não funciona como deveria.
"Na hora que ameaça faltar, as pessoas enlouquecem, partem para o desespero. É porque o programa não criou alternativas. É uma mera transferência de renda pública para as pessoas que, contudo, permanecem em situação de miséria." Os boatos levaram no fim de semana a uma corrida de beneficiários do programa em dez Estados e fez a administração federal desmentir os rumores. Contudo, ainda nesta segunda-feira, registrava-se uma corrida às agências da Caixa Econômica Federal, responsáveis pelo pagamento do benefício.