Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou nesta terça-feira que uma das hipóteses com a qual a Polícia Federal trabalha nas investigações dos boatos sobre o fim do Bolsa Família é de um ato planejado. "Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em vários pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente.", afirmou após a cerimônia em que assinou atos com o governo e prefeituras de Goiás do Programa "Crack, é possível vencer".
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'Não acredite em boatos', diz Rui Falcão no twitter ao se referir à Bolsa FamíliaMovimento na Caixa quintuplicou com boatos do fim do Bolsa FamíliaGoverno estuda controle "mais fino" dos saques do Bolsa Família Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome garante continuidade do Bolsa FamíliaPlanalto não quer politizar boatos sobre Bolsa FamíliaMinistro da Justiça suspeita de boatos orquestrados no caso do Bolsa FamíliaDivisão de crimes cibernéticos da PF investiga boatoComunicado em lotérica tranquiliza população no ACBoca a boca espalhou boato sobre Bolsa Família no MaranhãoUm dia depois de a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, acusar a oposição de espalhar os boatos, o ministro da Justiça disse que seria leviano afirmar que a motivação para o ato foi política. "As pessoas podem ter suas teses, suas impressões, mas o ministro da Justiça tem que fazer que a Polícia Federal conduza com absoluta imparcialidade e republicanismo a investigação."
Embora não tenha adiantado dados sobre as investigações da PF, para as quais se negou também a dar um prazo de término - a legislação determina 30 dias, prorrogáveis - o ministro concordou que a quantidade de Estados atingidos pelo falso rumor gera um alerta. "Não é um delito fácil de ser investigado por força da atuação difusa em todo o território nacional. Isso chama a atenção. Não podemos afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração desse boato."