A euforia dos tucanos de Minas Gerais com a possibilidade de candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República tem o que pode ser considerado uma pequena área de eclipse. Depois de duas eleições fazendo vista grossa para o comportamento de prefeitos, vereadores e lideranças que se recusaram a pedir votos para os candidatos do partido ao governo federal – Geraldo Alckmin, em 2006, e José Serra, em 2010 – a legenda tem agora que garantir a fidelidade dos correligionários em torno de Aécio no ano que vem, tendo como principal preocupação o poder financeiro do Palácio do Planalto.
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O deputado federal Lafayette Andrada vê um outro caminho para que o PSDB consiga evitar a perda da boiada. Segundo ele, nos próximos meses o governo do estado tende a iniciar liberações de verbas para realização de obras nos municípios. Está prevista, por exemplo, a retomada do programa Caminhos de Minas, que prevê recursos para asfaltar estradas. O dinheiro virá de empréstimos. “Outros investimentos em saúde e educação, por exemplo, já estão acontecendo”, diz o parlamentar.
Caça
Além de tentar domar as lideranças que estão mais próximas da população, o PSDB arma estratégia para garantir chapas competitivas para disputa de vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa no ano que vem. Em jantar realizado na noite de segunda-feira com a participação de deputados estaduais e federais do partido, os tucanos decidiram aumentar a busca por lideranças de expressão nas 50 maiores cidades do estado. Os tucanos querem ainda que integrantes do governo Anastasia que ainda não têm partido, e que querem disputar as eleições do ano que vem, disputem o pleito pelo partido. O prazo para filiação de quem pretende se candidatar em 2014 termina em outubro.