São Paulo - O presidente da Comissão da Verdade da Universidade de São Paulo (USP), o jurista Dalmo Dallari disse, nessa terça-feira, que a Lei da Anistia deveria ser aplicada de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Por esses parâmetros, agentes de Estado que cometeram violações de direitos humanos não podem ser anistiados.
O segundo parâmetro é que não existe possibilidade de anistia para os chamados crimes contra a humanidade, entre eles a tortura de prisioneiros políticos: “Não são anistiáveis.” Para Dallari, a lei não precisa ser mudada. A aplicação dela é que necessita ser revista.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem outra visão do assunto. Em 2010, aquela corte definiu que a lei também beneficiou agentes de Estados acusados de violar direitos humanos.