Leia Mais
PSC recorre ao Supremo contra decisão do CNJ sobre casamento gayCNJ coloca uma pedra no preconceito de cartóriosCNJ apura decisão de desembargadora amparada em documento falsoComissão da Câmara deve aprovar novas regras sobre segurança em casas noturnasSegundo Carvalho, a exclusão do poder de investigação do Ministério Público “seria um remédio amargo e danoso” para a sociedade.
O promotor acrescentou que o Ministério Público é a favor de colocar limites e prazos que a instituição teria que seguir nesses processos. Ele acrescentou que não se pode retirar dos procuradores federais e dos promotores de Justiça o direito de investigar extraordinariamente eventuais denúncias de práticas ilícitas.
“Cabe ao Congresso Nacional estabelecer os regramentos e punir os excessos. Esse é o melhor caminho para se evitar os excessos”, destacou Marcelo Ferra.
Paulo Eduardo Pinheiro, indicado para o CNJ pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por sua vez, destacou a necessidade de se avançar nesse diálogo. Para ele, é fundamental o aparelhamento da Polícia Judiciária – papel exercido pela Polícia Federal e polícias civis estaduais - para que tenha capacidade de fazer as investigações e, ao mesmo tempo, garantir ao Ministério Público a prerrogativa de punir quem não promover as investigações policiais necessárias.
Pinheiro ressaltou que, apesar das divergências existentes sobre a PEC, é necessário preservar os poderes das instituições. “Isso não deveria ser colocado como uma disputa, não existe polícia sem Ministério Público e não vai existir Ministério Público sem Polícia Judiciária. Temos que harmonizar a discussão e não tirar de um para dar ao outro”, disse o advogado.