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Eduardo Campos critica precipitação do debate eleitoralEduardo Campos aproveita evento em Pernambuco para conversar com aliados Eduardo Campos nega que tenha desistido de concorrer à Presidência da RepúblicaPossível candidatura de Campos gera crise no PSBEle observou que sem isso, há o risco de que "aos vencedores podem sobrar as batatas-quentes". De acordo com Campos, a campanha presidencial de 2010 foi "débil". "O debate político foi muito aquém dos participantes", afirmou, ao reforçar a necessidade de uma discussão aprofundada sobre o momento nacional e os desafios, entre eles a manutenção da estabilidade econômica e a busca de investimentos. "O debate não deve ser interditado, deve ser feito, não tem nada a ver com o debate eleitoral", afirmou. "Este (o debate eleitoral) é inexorável e com debate ou não vai ter eleição", afirmou.
Práticas
Na palestra sobre pacto federativo, que durou uma hora e dez minutos, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB usou boa parte do tempo para fazer publicidade da gestão do governo do Estado e pregou a revisão das práticas políticas, que considerou "mofadas, carcomidas, patrimonialistas e fisiológicas".
Campos assegurou que "essa velha política será vencida pelos fatos, vai ser ultrapassada pela força da sociedade e o desejo de caminhar do povo que venceu, em outros momentos, o autoritarismo, a bagunça inflacionária, a cegueira diante da exclusão social". Também destacou a necessidade de controle social dos governos, por meio de instrumentos como o portal da transparência e auditorias. "Se deixar a máquina pública à vontade, ela só mói para o lado dos graúdos", advertiu.
Ao declarar que existe "projeto de poder e projeto de País", disse que lhe "encanta um projeto de País". "Só vale a pena estar na política, ser político, ter mandato, se valer para o povo", afirmou. "Não vale a pena mandato pelo mandato, se não contribuir para que o País seja mais generoso com seus filhos no futuro."
Foi aplaudido várias vezes durante o discurso e depois debateu com a plateia. O ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) usou o microfone para apoiar a candidatura do socialista à presidência, sem contagiar os presentes. Participam da conferência 272 deputados estaduais e 20 presidentes de Assembleias Legislativas. O evento foi favorável à campanha não assumida que o governador tem articulado visando a uma candidatura presidencial. Pela manhã, Campos recebeu, no gabinete, bancadas estaduais do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.