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Eduardo Campos critica precipitação do debate eleitoralEduardo Campos aproveita evento em Pernambuco para conversar com aliados Eduardo Campos nega que tenha desistido de concorrer à Presidência da República"Nós temos unidade partidária", diz Eduardo Campos em encontro com vereadoresEduardo Campos é recebido em congresso ao som do refrão 'Eduardo presidente'Eduardo Campos se reúne com vereadores do PSB no RecifeO argumento apresentado aos governadores é que seria arriscado para o PSB lançar candidatura própria em 2014 e disputar uma eleição simplesmente para marcar posição agora, como já vinha sendo encampado pelo governador Cid Gomes (CE). "É óbvio que se o PSB tem candidatura própria, isso vai dificultar a formação de alianças nos Estados. É consequência natural. Como o PT vai apoiar um candidato a governador que vota em outro candidato a presidente?", ponderou o governador, que defende a preservação da aliança que elegeu cinco dos seis governadores do partido (com exceção da Paraíba) e a ampliação da bancada do PSB no Senado.
Cid fala abertamente que a candidatura de Campos sacrifica a manutenção dos governos do PSB nos Estados, enquanto outros governadores, como Wilson Martins (PI), trabalham nos bastidores para demover Campos de seu projeto nacional. "Ele tem sido mais cuidadoso para evitar estragos na relação com Eduardo Campos", explicou um aliado de Martins. "O Wilson não quer saber do Eduardo Campos", comemorou um petista.
Embora Campos não tenha dado sinais de desistência, os petistas avaliam que as "conversas" com os "amigos" de Campos surtiram efeito e o clima de campanha do líder do PSB diminuiu. "Nos últimos 30 dias a temperatura abaixou, o que permite a reaglutinação do PSB na base", avaliou um líder do governo.
A estratégia do PT para atrair o PSB passa não apenas pelo palanque dos Estados, mas também pela relação com o Palácio do Planalto. "As duas variáveis que influenciam no apoio à presidente Dilma são as alianças locais do PSB com o PT e uma relação positiva com o governo federal", afirmou o deputado Paulo Teixeira (SP), secretário-geral do PT. "O primeiro cálculo é de natureza político-eleitoral e o segundo, de natureza administrativa", disse.
Intimidações
Entusiasta da candidatura de Campos, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), reclama que o Planalto tem agido em outra frente: constrangendo governadores e prefeitos que se declaram a favor de Campos. "As coisas começaram a ficar difíceis para quem disser que está com Eduardo", disse. Segundo ele, a dificuldade de acesso a recursos e programas federais estaria obrigando os governadores a declararem apoio público à reeleição de Dilma.
Albuquerque afirmou que as "intimidações" partem de pessoas próximas da presidente Dilma. "Isso tem o dedo de setores que querem constranger o PSB. E isso não pode continuar. Isso é inaceitável", afirmou o deputado. O líder do governo no Senado, Wellington Dias (PI), saiu em defesa do Palácio do Planalto: "Isso não é verdade. Tudo o que foi prometido foi mantido".