Apesar da tentativa de obstruir as votações no Parlamento, a divisão defendida pelo restante dos estados foi aprovada no início de março, mas logo na semana seguinte os estados ditos produtores entraram com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) no STF, impedindo que as regras entrassem em vigor.
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Instituto Brasileiro de Petróleo diz que briga de royalties pode atrapalhar leilãoCâmara aprova destinação dos recursos dos royalties para a educação e saúdeLíder confirma esforço da Câmara para votar royalties e PEC 37 Câmara pode votar nesta semana destinação de recursos dos royalties para a educaçãoCâmara dos Deputados tem urgência para votar projeto dos royaltiesAutor do projeto que distribui os royalties do petróleo, o senador Wellington Dias (PT-PI) avalia que a grande participação dos investidores e a perspectiva de uma disputa forte no primeiro leilão do pré-sal faz com que as discussões no Supremo se tornem de interesse fundamental para o país. O senador lembra que além de corrigir uma injustiça com a maior parte da população brasileira, a definição do tribunal vai abrir caminho para uma definição sobre o Plano Nacional de Educação, que pode receber o dinheiro arrecadado com a exploração do combustível.
“Temos um projeto importantíssimo para o país parado, na espera dessa decisão do STF. A lei já poderia estar sendo aplicada nos últimos meses, com as prefeituras e estados de todo o país tendo acesso a esse recurso”, reforça Dias. O petista considera que as posições favoráveis da Advocacia Geral da União (AGU) e da Procuradoria Geral da República (PGR) a favor da constitucionalidade do projeto aprovado no Congresso aumentam a expectativa de que a Corte aprove a nova divisão. Ele lembra que, como já se manifestou e participou de ações em favor do governo fluminense, o novo ministro indicado pela presidente Dilma Rousseff, Luiz Barroso, deve ser considerado impedido de avaliar o tema.
Mina de Ouro
O sucesso do leilão de novos blocos de exploração do petróleo do dia 14 – segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi registrada arrecadação recorde de R$ 2,8 bilhões – fez com que o governo federal antecipasse em dois meses a primeiro venda pública de blocos localizados na região do pré-sal da Bacia de Santos, previsto inicialmente para dezembro. O leilão marcado para outubro colocará à venda o campo de Libra, o maior já descoberto no Brasil.
Anteontem, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, anunciou a antecipação do leilão na área do pré-sal sob regime de partilha e classificou de inimaginável o potencial de exploração da área. “A perspectiva é de que Libra seja capaz de produzir de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo. É a maior descoberta que fizemos com os dados que temos até o momento. É singular, inimaginável”, avaliou. O campo de Libras, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, foi descoberto pela ANP em 2010 e será explorado pelas empresas vencedoras do certame em conjunto com a Petrobras, já contratada para fazer a perfuração e que tem direito a 30% do que for explorado nas áreas do pré-sal.