A partir da semana que vem os 41 vereadores de Belo Horizonte terão de usar a impressão digital para comprovar a presença e a autenticidade dos votos nos projetos de lei que passarem pelo crivo da Câmara Municipal. Além de adotar o sistema biométrico para evitar novas fraudes, a Casa implantou três câmeras, que passam a funcionar durante 24 horas, na segunda-feira. As medidas visam a evitar que um vereador vote ou marque presença para o outro.
Segundo o presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PSDB), não foi necessário fazer licitação para obter as novas tecnologias. Foram feitos aditivos em contratos já existentes. Ele afirmou que as câmeras vão custar R$ 210 por mês. O tucano não soube dizer em quanto ficará o sistema biométrico. Atualmente, para confirmar o comparecimento à reunião, cada vereador tem que digitar uma senha em uma das máquinas instaladas nas cadeiras em que eles acompanham as reuniões.
Enquanto isso, as investigações continuam para descobrir quem foi o autor da fraude na marcação de presença no plenário da Câmara. O corregedor, Autair Gomes (PSC), que está apurando o caso há duas semanas, afirmou ontem que ainda não tem provas ou indícios que apontem os responsáveis. Mesmo em viagem ao exterior, Pablito (PSDB) teve seu ponto registrado nos dias 2, 3 e 6.
Autair Gomes ouviu nessa segunda-feira o vereador Jorge Santos (PRB), que no dia 2 marcou presença no mesmo terminal em que foi registrada a de Pablito. O parlamentar negou participação na fraude e também garantiu que não viu o autor. Jorge Santos contou que naquele dia marcou presença e depois subiu para o gabinete.
A Polícia Civil, que também está apurando o caso, tem até a próxima terça-feira para apresentar ao Ministério Público o resultado da perícia, feita na semana passada, no painel e nos terminais onde os vereadores marcam presença.