O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi recebido por vereadores como o candidato à Presidência da República nas eleições de 2014. Nessa segunda-feira, o socialista participou do 1º Encontro de Vereadores da legenda no estado. Apesar de não ser a intenção do evento, que tinha como objetivo a troca de experiências do legislativo, o tom eleitoral tomou conta dos discursos. Campos, inclusive, mandou uma resposta sobre a possível crise interna ocasionada por seu projeto nacional entre os governadores de seu partido.
“Muita gente viu o ano de 2012, quando chegou em 2010, só se falava na eleição de 2012… que ia ser assim, que ia ser assado. Quando terminou, não foi nem de um jeito, nem do outro. Nós ganhamos bem e bonito. Então, vamos ficar muito tranquilos. Nós temos unidade partidária, sim, temos capacidade de dialogar. Não de dialogar por projetos de pessoas, mas de um pensamento estratégico de nação”, discursou.
O governador também criticou antecipação do debate eleitoral. Neste ano, o ex-presidente Lula já lançou, infomalmente, o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Pela oposição, o PSDB já desfila com a pré-candidatura do senador de Minas Gerais Aécio Neves, que se tornou recentemente o presidente nacional do partido.
“Nós não devemos eleitorailizar este ano. Respeitamos que quer fazer este debate… Porque não é o caso, não é bom para o Brasil. Se não é bom para o Brasil, não é bom para o PSB. Em 2014, nós vamos resolver olhando para o futuro fazendo o que sempre fizemos”, completou.
No começo deste mês, foi especulado que o projeto eleitoral de Campos estaria “esfriando”. O pernambucano estaria encontrando resistência entre os governadores do partido. Declarações do governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e do Piauí, Wilson Martins, teriam motivado a crise interna. Os dois estariam defendendo que o PSB apoiasse a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. O governador do Ceará, Cid Gomes, também do PSB, defende a mesma tese.